Cachoeira do Sul confirma dois casos de leishmaniose visceral canina
- William Barreto

- Aug 29
- 2 min read
Registros ocorreram na zona rural e em três bairros da área urbana; outros três animais seguem em análise no Lacen

Dois casos de leishmaniose visceral canina foram confirmados em Cachoeira do Sul pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Outros três animais ainda estão em análise. As notificações surgiram entre junho e agosto, com registros tanto no interior, na localidade de Cerro dos Peixotos, quanto em bairros da área urbana — Noêmia, Rio Branco e Ponche Verde.
Com as confirmações, a Vigilância em Saúde intensificou a investigação em áreas próximas, incluindo a testagem de cães que tiveram contato com os animais doentes. As ações são acompanhadas pela 8ª Coordenadoria Regional de Saúde, que orienta a condução das medidas de vigilância ambiental e epidemiológica.
A leishmaniose visceral é considerada a forma mais grave da doença, causada pelo protozoário Leishmania. A transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha infectado, que pode passar o parasita de cães para humanos. Os principais sintomas em pessoas são febre prolongada, emagrecimento, aumento do fígado e do baço, além de anemia. O tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo especialistas, a doença costuma ter evolução longa e é favorecida por condições de saneamento precárias. Crianças de até dez anos estão entre os grupos mais vulneráveis.
Nos animais, os sinais incluem emagrecimento, feridas na pele, crescimento anormal das unhas e apatia. Embora haja terapias que reduzem os sintomas, os cães continuam sendo reservatórios da infecção, o que mantém o risco de transmissão.
Em nota, a Vigilância Epidemiológica reforçou que a notificação é obrigatória tanto em humanos quanto em animais. A orientação é que tutores procurem atendimento veterinário em casos suspeitos, já que não há oferta de tratamento para cães na rede pública do município.
Entre as medidas de prevenção recomendadas estão o uso de coleiras com inseticida em cães, limpeza regular dos pátios e abrigos de animais, além do uso de mosquiteiros e repelentes em áreas de risco.













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