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Ferramenta de IA brasileira promete tornar discussões climáticas mais acessíveis antes da COP30

  • Writer: William Barreto
    William Barreto
  • Nov 10
  • 2 min read
Desenvolvido em parceria entre o PNUD e o Itamaraty, o Macaozinho utiliza documentos oficiais da ONU para combater a desinformação e apoiar negociações internacionais sobre o clima

Com o nome inspirado nas araras brasileiras e disponível em mais de 50 idiomas, o Macaozinho é um aliado em meio a um ambiente de fake news climáticas. Fonte: COP30
Com o nome inspirado nas araras brasileiras e disponível em mais de 50 idiomas, o Macaozinho é um aliado em meio a um ambiente de fake news climáticas. Fonte: COP30

Uma nova ferramenta de inteligência artificial desenvolvida no Brasil começa a se destacar como apoio às discussões internacionais sobre mudanças climáticas. Batizada de Macaozinho, a tecnologia foi criada para oferecer informações precisas e confiáveis sobre o tema, servindo como guia durante a preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em 2025.


O diferencial do Macaozinho está na origem dos dados utilizados para treinar o sistema. A ferramenta foi alimentada exclusivamente com documentos oficiais da ONU, como os da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), garantindo segurança e credibilidade nas respostas.


Com o nome inspirado nas araras brasileiras, o Macaozinho é capaz de operar em mais de 50 idiomas e foi projetado para atender desde o público geral até especialistas envolvidos nas negociações climáticas. O chatbot explica conceitos técnicos, como as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) — metas de cada país para reduzir emissões de gases de efeito estufa — e lembra que 2025 será o ano de revisão dessas metas, o que deve colocá-las no centro das discussões da COP em Belém.


Além de explicar termos e siglas, o sistema oferece suporte a delegações, organizações, empresas e instituições acadêmicas, permitindo consultar textos históricos, cruzar dados e traduzir documentos complexos, como os produzidos na Rio-92 e no Protocolo de Quioto.


Durante a Conferência do Clima de Bonn, realizada em junho, o Macaozinho foi testado por negociadores internacionais e recebeu elogios.


“Fiquei impressionado com este bot”, afirmou Richard Muyungi, da Tanzânia, presidente do African Group of Negotiators, que utilizou o sistema em swahili.

“O Macaozinho é incrível e o mundo precisa conhecê-lo. Ele precisa ser difundido para todos os negociadores”, destacou o embaixador egípcio Mohamed Nasr, líder da presidência da COP27, que usou a ferramenta em árabe.


O Macaozinho está disponível no site www.macaozinho.com e também em www.routetobelem.com/macaozinho, com previsão de lançamento no WhatsApp nos próximos meses.


O projeto faz parte do Route to Belém, iniciativa que reúne o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria de Clima, Meio Ambiente e Energia do Itamaraty, com o objetivo de democratizar o acesso à informação sobre mudanças climáticas e fortalecer a presidência brasileira da COP30.

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