Força-tarefa encontra falhas sanitárias graves e recolhe toneladas de alimentos em Cachoeira do Sul
- William Barreto

- Nov 18
- 2 min read
Operação vistoriou cinco estabelecimentos, interditou setores de três deles e retirou 4,6 toneladas de produtos fora dos padrões sanitários

Uma ação conjunta do Programa Segurança dos Alimentos expôs, nesta terça-feira (18), um cenário considerado crítico em estabelecimentos de Cachoeira do Sul. A ofensiva resultou na retirada de 4,6 toneladas de produtos sem condições de consumo e na interdição de setores inteiros em três pontos comerciais da cidade.
A operação percorreu cinco estabelecimentos quatro mercados e um açougue e encontrou, em todos, algum tipo de irregularidade. O açougue vistoriado acabou interditado por completo, diante de problemas estruturais e de higiene considerados incompatíveis com a venda de alimentos. Em dois mercados, os agentes suspenderam atividades de setores específicos: padarias e açougues em um deles; apenas a padaria no outro. Todos foram autuados.

A quantidade de produtos avariados impressionou até equipes acostumadas a fiscalizações de grande porte. Só em um dos locais, 2,5 toneladas de itens foram considerados inadequados e descartados imediatamente. Parte da carne recolhida foi destinada ao zoológico municipal, prática adotada quando o material ainda apresenta condições mínimas de aproveitamento. Em vários casos, porém, o nível de deterioração impediu até esse destino.
Os fiscais encontraram carne vencida havia dois anos, com odor intenso, coloração alterada e sinais evidentes de decomposição. Em um dos pontos, uma situação inusitada e alarmante chamou atenção: a presença de esgoto no interior da câmara fria, contaminando o ambiente e levantando suspeitas sobre a qualidade de todos os produtos armazenados ali.

Além das carnes, a força-tarefa identificou pizzas, produtos de panificação e insumos vencidos, mercadorias sem procedência, itens sem rotulagem e armazenados fora das temperaturas recomendadas. Também foram recolhidas unidades de álcool cuja venda é proibida em supermercados e sacos de carvão sem qualquer tipo de licenciamento.
A ação contou com a participação do promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Defesa do Consumidor de Porto Alegre, além de servidores do GAECO/MPRS. Equipes da Vigilância Sanitária Municipal, do Serviço de Inspeção Municipal, da Secretaria Estadual da Saúde, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI) e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar também integraram o grupo.



Fotos: MPRS













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