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Morre Arlindo Cruz ícone do samba e do pagode aos 66 anos

  • Writer: William Barreto
    William Barreto
  • Aug 8
  • 2 min read

Compositor e cantor, Arlindo deixou um legado imenso na música brasileira e foi um dos grandes protagonistas do Fundo de Quintal antes de seguir carreira solo


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O músico, cantor e compositor Arlindo Domingos da Cruz Filho, conhecido nacionalmente como Arlindo Cruz, morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Considerado um dos maiores expoentes do samba e do pagode, o artista construiu uma trajetória marcada por talento, versatilidade e contribuição decisiva para a música popular brasileira.


Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo iniciou sua trajetória artística nas rodas de samba do bloco Cacique de Ramos, no início da década de 1980, ao lado de nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho, Beto Sem Braço, Ubirany e Almir Guineto. Reconhecido inicialmente como compositor, teve canções gravadas por artistas consagrados como Zeca Pagodinho, Alcione e Beth Carvalho, consolidando-se como um autor prolífico e respeitado no meio musical.


Em 1986, ingressou no grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu até 1993. Nesse período, contribuiu com sucessos como Seja Sambista Também, Castelo de Cera e O Mapa da Mina. Ao deixar a formação, iniciou carreira solo, lançando trabalhos que lhe renderam destaque, como o DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz (2009), que ultrapassou cem mil cópias vendidas.


Entre 1996 e 2002, formou dupla com o músico Sombrinha, período em que gravou cinco álbuns e consolidou uma parceria de relevância no gênero. Em 2017, ao lado do filho Arlindinho, idealizou o projeto Pagode 2 Arlindos, interrompido em março do mesmo ano devido a um acidente vascular cerebral hemorrágico, que o afastou definitivamente dos palcos.


Arlindo Cruz acumulou mais de 26 prêmios ao longo da carreira, incluindo o 26.º Prêmio da Música Brasileira, e foi indicado cinco vezes ao Grammy Latino. Também se destacou como compositor de sambas-enredo vitoriosos em escolas como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu, vencendo dezenove disputas no total.


Em nota, a família descreveu o artista como “poeta do samba, homem de fé, generosidade e alegria”, ressaltando seu legado à cultura brasileira e a capacidade de inspirar novas gerações.


O velório e sepultamento terão detalhes divulgados posteriormente. Arlindo Cruz deixa esposa, filhos e netos, além de uma obra que permanece como referência na música popular brasileira.


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