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Professor, demasiado professor 

  • Daison Iuri
  • Jul 13
  • 2 min read

Para os amantes da Filosofia, o texto é bem significativo, uma singela representação de uma obra filosófica “Humano, demasiado Humano” de Friedrich Nietzsche lançada no século XIX, onde apresenta-se uma análise crítica da natureza humana e falível dos indivíduos. Segundo o autor, somos limitados. Não precisamos da Filosofia para compreendermos que somos seres imperfeitos e limitados, mas por qual motivo não ligamos para isso quando diz respeito aos professores? Criamos uma ideia errônea da figura do docente como um “Super-Homem”, advinda do pensamento de Nietzsche onde o indivíduo transcende o senso comum e se torna um super humano, mas somos professores, demasiados professores. Digo demasiado no sentido literal da palavra, um exagero, um acúmulo, uma burocracia descontrolada.


Há uma inconsistência de pensamento e propriamente de atitudes que devemos mencionar, citei o exagero do demasiado, mas se nos recordarmos do Estoicismo, essa brilhante escola enfatiza em seu belo pensamento que a tranquilidade da alma e a paz de espírito se encontra no equilíbrio. Qual a dificuldade de aproximarmos as palavras professores e equilíbrio na mesma oração? Justifica-se esse entrave em aproximar ambas palavras por um motivo bem claro e simples de ser visto, os docentes estão cada vez mais demasiados, cansados com o exagero de tudo e abatidos pelos descasos acometidos por superestruturas. Há um aumento crescente nos casos de professores enfrentando crises psicológicas cada vez mais severas e danosas, vemos profissionais da área da educação trocando seus livros nos “escaninhos” por remédios e antidepressivos. E tudo isso por conta de demasiados, professores demasiados.


Não há uma solução pronta para acabar com alguns problemas que docentes enfrentam diariamente, será necessário percorrer um longo caminho para avistarmos como diz Platão “A Ilha das Bem Aventuranças”, parece-me utopia, mas como somos demasiadamente professores, idealizamos. Para quando chegarmos neste lugar que hoje vejo como utópico, termos com quem contar e não somente para quem contar. Talvez tenhamos alguma resposta meus caros leitores, demasiados seres humanos. 

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