Réu é condenado a 175 anos de prisão por assassinato dos quatro filhos em Alvorada
- William Barreto

- May 14
- 2 min read

O Tribunal do Júri da Comarca de Alvorada condenou, nesta quarta-feira, 14 de maio, David da Silva Lemos, 31 anos, a 175 anos de reclusão pelo homicídio dos próprios filhos. A sentença atende integralmente à denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que imputou ao réu a prática de três homicídios triplamente qualificados — por motivo torpe, meio cruel e emprego de asfixia — e um homicídio quadruplamente qualificado, cujos agravantes incluem também a condição de as vítimas serem menores de 14 anos.
O julgamento, realizado no Fórum de Alvorada, estendeu-se por dois dias e foi conduzido pelos promotores de Justiça Plínio Castanho Dutra, Leonardo Rossi e Daniela Fistarol. A denúncia foi subscrita pelo promotor Marcelo Tubino, atual coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Júri, que também acompanhou os trabalhos.
Segundo a acusação, Lemos matou os filhos com o intuito de causar sofrimento à ex-companheira, utilizando as próprias crianças como instrumento de vingança. As vítimas — Yasmin, 11 anos; Donavan, 8; Giovanna, 6; e Kimberlly, 3 — foram encontradas mortas dentro da residência da família, no bairro Piratini, em Alvorada. Três delas apresentavam ferimentos por arma branca, enquanto uma foi vítima de asfixia.
A pena imposta reflete não apenas a gravidade e brutalidade dos crimes, mas também a vulnerabilidade das vítimas. A condenação representa uma das sentenças mais severas já aplicadas pela Justiça gaúcha em casos de homicídio múltiplo, evidenciando o compromisso do Judiciário e do Ministério Público com a responsabilização de crimes de extrema violência e impacto social.
O caso reacende o alerta para situações de violência envolvendo crianças e adolescentes. O MPRS reforça a importância da atuação da sociedade na proteção da infância e juventude. Denúncias de maus-tratos, abusos ou qualquer tipo de violência podem ser feitas de forma anônima e sigilosa. Em casos de emergência, o contato deve ser feito com a Brigada Militar, pelo número 190. Outras denúncias podem ser encaminhadas ao Conselho Tutelar, às Promotorias de Justiça, às Delegacias de Polícia ou pelo Disque 100.
A proteção começa com a denúncia. Sua atitude pode salvar vidas.

Fotos: MPRS













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