Senadores democratas alertam Trump sobre Riscos de guerra comercial com Brasil
- William Barreto

- Jul 25
- 2 min read
Carta assinada por 11 senadores critica ameaças de tarifas e interferência em sistema judicial brasileiro

Um grupo de 11 senadores democratas dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente Donald J. Trump, datada de 24 de julho de 2025, expressando profundas preocupações com a ameaça de uma guerra comercial contra o Brasil. Assinada por figuras como Tim Kaine, Adam Schiff, Jeanne Shaheen e Richard Durbin, entre outros, a correspondência, obtida como fonte primária, destaca os potenciais prejuízos econômicos e diplomáticos da proposta, além de denunciar uma suposta interferência na soberania judicial brasileira.
De acordo com a carta, enviada à Casa Branca e dirigida ao presidente Trump, as ameaças de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros carecem de fundamento, dado o superávit comercial de US$ 7,4 bilhões dos EUA com o Brasil em 2024. Os senadores apontam que a justificativa de Trump, que teria mencionado em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pressão econômica para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro sob a Seção 301 do Trade Act de 1974, representa uma tentativa de subverter o sistema judicial independente do Brasil. Tal ação, segundo o documento, configura um precedente perigoso e uma interferência indevida.
A missiva também alerta para os impactos de uma guerra comercial desnecessária, que elevaria custos para famílias e empresas americanas. A carta estima que as importações dos EUA do Brasil, que ultrapassam US$ 40 bilhões anualmente – incluindo US$ 2 bilhões em café –, poderiam desencadear retalições, eliminando até 130.000 empregos nos Estados Unidos. Além disso, os senadores criticam sanções recentes impostas pela administração Trump contra oficiais brasileiros envolvidos no caso Bolsonaro, interpretando-as como uma priorização de interesses pessoais em detrimento dos cidadãos americanos.
Os democratas, em oposição ao governo republicano de Trump, conclamam o presidente a reconsiderar sua postura e promover relações econômicas mutuamente benéficas, evitando tensões que afetariam tanto os EUA quanto a América Latina. A carta, assinada por senadores como Peter Welch, Mark Warner e Michael Bennet, reflete um crescente embate sobre a política externa americana na região.













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