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SUS passa a oferecer implante contraceptivo de longa duração a partir do segundo semestre

  • Writer: William Barreto
    William Barreto
  • Jul 4
  • 2 min read

Dispositivo hormonal com eficácia de até três anos será distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde, ampliando opções para planejamento familiar e prevenção da mortalidade materna


Imagem da Internet.
Imagem da Internet.

O Sistema Único de Saúde (SUS) começará a oferecer, a partir do segundo semestre deste ano, o implante subdérmico contraceptivo Implanon, método hormonal que atua por até três anos. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (3/7).


O dispositivo, que custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada, terá distribuição inicial de 500 mil unidades em 2025, com meta de 1,8 milhão até 2026. O investimento previsto é de R$ 245 milhões. A incorporação do método foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).


“Esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.


O Implanon libera o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação. Classificado como Contraceptivo Reversível de Longa Duração (LARC, na sigla em inglês - Long-Acting Reversible Contraception), o método dispensa o uso diário da paciente, ao contrário de pílulas ou injetáveis. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção. O dispositivo será inserido e retirado por médicos e enfermeiros habilitados.


“É mais um método e representa um avanço nas ações de fortalecimento do planejamento sexual e reprodutivo no país, que deve ser ofertado a todas as pessoas pelo SUS”, afirmou a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas.


O Implanon será o segundo método LARC oferecido pelo SUS, ao lado do DIU de cobre. Os métodos de longa duração são considerados mais seguros por não dependerem da adesão contínua da usuária. A lista de contraceptivos atualmente disponíveis na rede pública inclui ainda preservativos, anticoncepcionais orais e injetáveis, laqueadura tubária e vasectomia. Entre eles, apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).


Além de ampliar o acesso a métodos contraceptivos, a medida tem como meta contribuir para a redução da mortalidade materna. O Ministério da Saúde pretende reduzir em 25% a taxa geral até 2027 e em 50% os óbitos entre mulheres negras. As metas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).


A portaria que oficializa a incorporação do Implanon será publicada nos próximos dias. Após a publicação, o ministério terá até 180 dias para efetivar a oferta, com atualização de protocolos, aquisição dos dispositivos e capacitação de profissionais.

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